sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Vem vamos embora, que esperar não é saber !

"...de guerra em paz, de paz em guerra, todo povo dessa terra, quando pode cantar, canta de dor...."

Vivemos numa época de alienação completa. A cultura nacional é substituida pela imposição da lógica capitalista, que impera nos meios culturais da atualidade. O povo (amplas massas) não tem mais contato - ou tem muito pouco - com suas raízes e isso representa um grande perigo. Uma nação sem cultura é uma nação sem essência, sem vínculos, fraca e facilmente manipulável.

É fato incontestável que representamos uma parcela da população (2%) extremamente privilegiada. Somos universitários, todos bem nascidos e temos duas opções na vida. Uma é lotar o rabo de grana, a outra é ser "útil, ético e justo". Claro, não temos culpa de termos nascido com possibilidades, mas temos culpa SIM pela manutenção da nova ordem, que excluí a grande maioria da pessoas de ter as tais.

Não vamos resolver os problemas do mundo, muito menos todos os problemas do país. O que proponho aqui é a construção de um Movimento Cultural, ou melhor, de Resistência Cultural. Somos indiscutivelmente uma vanguarda, repleta de artistas, múscios, jornalistas e intelectuais e devemos cumprir com nossas obrigações. Resistimos em nossos "becos e esconderijos", enquanto o povo consome o "lixo alienante, sem coração". Chega !

Em primeiro plano, devemos compreender nosso papel como classe influente, atuante e fomadora de opinião da sociedade. Temos que ter a noção do tamanho do "barulho" que podemos fazer. Em segundo lugar devemos "Fazer!!!" Não aguento mais discutir teorias mirabolantes para uma nova sociedade, é hora de agir !

Como adiantei no parágrafo acima, não vamos resolver os problemas da Humanidade e sim cumprir o nosso papel. O "I Festival do Samba" não será início de nada. Não sei se vocês perceberam, mas de um jeito ou de outro temos uma "revolução" em curso, o povo começa a tomar consciência do quanto é explorado e sinais de insurreição aparecem nos morros, nas universidades, nos movimentos socias do campo e da cidade. De maneira lenta e gradativa, mas ele acontece e nós temos que ajudar.

O Festival vai ser uma bandeira de Resistência, do resto de "classe média" que ainda presta, que ainda atua e que usa o que aprendeu na Universidade para tentar melhorar a vida das pessoas do seu país e continente. Vai demonstrar para a burguesia e seus correligionários que o movimento está vivo, atuante e que compõe novamente a trilha sonora da nova manhã !!!

Espero que vocês me entendam. O texto é um tanto subjetivo mas passa a mensagem e toda a influência polítca que tive para ter a idéia.


E num futuro próximo poderemos com orgulho, olhar nos olhos de nossos filhos e independente do que tenha acontecido dizer: Nós resistimos, nós não fomos coniventes !

Por nós, pelos nossos e por quem ainda está por vir.

São Sebastião - SP - Nov/07

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